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Nome: Devaldo Cescon
Período: 1978 - 1985
Função: Cartório do Maurício

Ping Pong com Ex-Guardinha
 

Como era a Guarda Mirim em sua época? 

Entrei na Guarda Mirim em 1975. Era regime militar, como nas Forças Armadas e coordenado pelo senhor Juvenal Leite. Tínhamos toda uma disciplina.  Às 6 horas da manhã íamos para a entidade para fazer Educação Física, depois tomávamos banho e íamos ao trabalho. Isso acontecia pelo menos 3 vezes na semana. Quando não tinha educação física, íamos cedo para a entidade, cuidávamos da limpeza da sede e engraxávamos os nossos sapatos. Nós usávamos o uniforme, tinham o quepe e a farda, depois mudou para o bibi. Era todo o fardamento completo. A roupa precisava estar sempre impecável, com o sapato alinhado, o cabelo cortado. Aprendemos muito  e tínhamos  disciplina, organização que hoje aplico no meu dia a dia e trago da Guarda Mirim.

 

Qual foi o seu primeiro emprego? 

O meu primeiro emprego foi na Casa de Tintas. Eu era balconista e cobrador, depois eu fui trabalhar no Depósito de Materiais para Construção Baldessin, também no mesmo setor, depois na Hidrelétrica Itapira. Também trabalhei com o Luis Arnaldo Alves Lima e Glauco Ceragiolli  e depois fui trabalhar no Fórum.

 

A Guarda Mirim significou muito em sua vida? 

Sem dúvida nenhuma. Venho de uma família pobre, de seis irmãos. Trabalhamos desde pequenos. Eu pegava fio de cobre, ferro velho e vendia, antes de entrar na Guarda Mirim e quando fui para a entidade, foi uma alegria muito grande. Para você ter uma ideia, era como se eu tivesse entrado em uma multinacional. Lá eu tinha roupa, uniforme. Lá eu fui educado, aprendi várias coisas, como: disciplina, horário, rigidez e não me fez mal, pelo contrário, me ajudou demais.

 

Qual o recado que você deixa para os nossos jovens? 

Eu acho que eles devem ter postura. Os meus colegas que tiveram um serviço melhor, está melhor colocado na vida e isso é devido à disciplina, à educação , à vontade e a fazer com determinação. Trago uma frase que é interessante deixar: "A gente nasce para ser correto, honesto e transparente, e hoje na sociedade em que vivemos,  as pessoas que têm consigo a seriedade, a honestidade e a transparência, desenvolvem  uma virtude. Ele vai se destacar. Por mais simples que seja o serviço do guardinha, ele vai sobressair se fizer com honestidade, transparência e determinação. Ele vai sobressair sempre sobre o demais. Vai aprender a ser um líder”.

Nome: Dulcinéia Picon
Período: 1986 - 1988
Função: Responsável pela Auditoria Interna da Fábrica de Papel e Papelão Nossa Senhora da Penha S/A.

Ping Pong com Ex-Guardinha

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Como era a Guarda Mirim em sua época?

Eu entrei na Guarda Mirim em 1986 e naquela época era bem difícil. Era o Sr. Juvenal Leite na época. Ele era muito rigoroso, mas era muito bom, pois aprendíamos muito com ele. Ele sempre nos ensinava e nós tínhamos várias regras o dia todo, com os horários. Era exemplar.  Nós não tínhamos os cursos que têm hoje e todos os meses nós nos apresentávamos na sede e ele queria saber como estava o trabalho, como as pessoas nos tratavam. O Sr. Juvenal sempre tinha essa preocupação. Era um tempo bom, dá saudades daquela época. Nós éramos obrigados a usar o uniforme. Na época tinha uma pessoa que vistoriava se todos estavam usando o uniforme ou não e também era passado para as empresas acompanharem os guardinhas e caso algum não comparecesse de uniforme, a empresa ligava para a Guarda Mirim e o Sr. Juvenal chamava o jovem para conversar e verificar o porquê de não ter ido com o uniforme. Ele exigia o uso da farda.  Eu fui cabo, mas por um prazo muito curto, pois logo fui trabalhar na Penha. Esse trabalho era para verificarmos se o "guardinha"  tinha boa conduta, não andava na contramão, estava uniformizado. Até ele saia de carro para ver como os guardinhas estavam e isso ele fazia mesmo fora do horário de trabalho. Se  ele visse algum guardinha na rua, ele chamava no outro dia para verificar o porquê estava na rua naquele horário.

 

Qual foi o seu primeiro emprego? 

O meu primeiro emprego foi na Penha S/A, na realidade eu trabalhei um mês na sede e depois fui encaminhada para a Penha.

 

A Guarda Mirim significou muito em sua vida? 

Na realidade, sem a Guarda Mirim, eu não estaria aqui hoje. Foi o primeiro passo profissional de minha vida. Foi a minha base profissional. Não tenho do que reclamar. 

 

Qual o recado que você deixa para os nossos jovens? 

Os jovens precisam aproveitar muito essa fase profissional,  porque essa é a base de tudo. Daqui há alguns anos eles vão lembrar, vão dar importância a tudo isso. A Guarda Mirim traz uma aprendizagem para a vida, é uma bagagem muito boa e eles precisam saber aproveitar todos esses cursos que a entidade oferece. Vai ajudar lá na frente. 

Nome: Rubelene Galvão Albano
Período: 1979 - 1983
Função: Diretor de Suprimentos e Logística da Fábrica de Papel e Papelão Nossa Senhora da Penha S/A.

Como era a Guarda Mirim em sua época? 

Era uma época muito difícil, de muita cobrança. O Juvenal Leite era uma pessoa rigorosa e cobrava muito de nós. Mas era uma época sem maldade andávamos tranquilos, éramos muito bem direcionados e instruídos por ele.  O sapato tinha que estar engraxado, a camisa não podia faltar botão, não podíamos andar sem o quepe. Não podíamos andar com a bicicleta na contra mão. Tínhamos que ser exemplo também. Participei do time de futebol da Guarda Mirim e eu cheguei a fazer parte todo o tempo que eu estava lá, inclusive, fui convidado para entrar na Guarda  Mirim, depois de um jogo contra a Guarda Mirim.

 

Qual foi o seu primeiro emprego? 

O meu primeiro emprego foi na empresa Cristália, onde fui efetivado em 1983.

 

A Guarda Mirim significou muito em sua vida? 

Devo uma boa parte da minha vida profissional aos ensinamentos que a Guarda Mirim me passou. Foi o inicio de tudo e devo quase tudo a essa entidade. Com 12 anos eu já fazia parte da Guarda Mirim e  fui efetivado no Cristália em 1983 e depois eu vim para trabalhar na Penha.

 

Qual é o recado que você deixa para os nossos jovens?

Bem, nós temos aqui, alguns guardinhas e o que eu posso dizer é que várias funções, várias pessoas de confiança aqui da empresa passaram pela Guarda Mirim. Todos que fazem parte dessa instituição devem aproveitar o máximo tudo que é oferecido para eles. Eu sei que hoje,  o Ederaldo (foi guardinha também na minha época), faz um ótimo trabalho na entidade,  então, eu deixo esse recado aos jovens para aproveitarem todas as oportunidades que forem dadas pela Guarda Mirim.

Nome: Carlos de Oliveira Júnior
Período: 1978 - 1987
Função: Diretor Técnico de Divisão do Fórum de Campinas

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Como era a Guarda Mirim em sua época?

Eu entrei na Guarda Mirim em janeiro de 1978. Tinha uma sede na Rua General Carneiro. Lá havia uma edícula e nós ficávamos ali aguardando uma colocação. Tinha jogos, sala de datilografia, foi lá que eu aprendi a ser datilógrafo. Na Guarda Mirim eu aprendi a ter disciplina. Tinha regras, era rígido e aprendi a conviver profissionalmente com as pessoas. Existia também o jovem que era cabo e sargento. Eu fui cabo. O cabo era auxiliar do Juvenal Leite e ajudava a manter a disciplina dos guardinhas. Por exemplo, se ele não estivesse de quepe, cabelo cortado, sapato engraxado era multado, assim como ser ele andasse de bicicleta na contra-mão ou com a mesma em cima da calçada.

 

Qual foi o seu primeiro emprego? 

O meu primeiro emprego foi no Escritório Itacontábil e fiquei na entidade até o dia 15 de junho de 1987.

Como você vê a Guarda Mirim hoje?

A Guarda Mirim evoluiu bastante. Há muitas oportunidades de aprendizagens, há vários cursos e  tem outra visão de mercado. A entidade está bem mais estruturada do que naquela época.  Hoje é outra visão de mercado de trabalho e outro tipo de profissional que o mercado precisa.

 

Qual o recado que você deixa para os nossos jovens? 

O jovem de  hoje precisa aproveitar tudo o que a Guarda Mirim proporciona. Não sei  se eles conseguem aproveitar tudo o que tem na entidade. O jovem precisa se dedicar à profissão e à Guarda Mirim, é um pontapé inicial, é como se fosse uma partida de futebol. É ali que começa toda a trajetória profissional.

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